Entrevista com o 2º Ten Lucas Becker, Oficial de Cavalaria do 9º Regimento de Cavalaria Blindado, jogador iniciante no esporte dos Reis a 4 meses.
PSG: Como você conheceu o polo?
Lucas: Conheci o esporte ao ingressar no CPOR/PA, na Arma de Cavalaria, porém não despertei interesse pelo mesmo. Fui adquiri-lo após ser classificado em 1º lugar em meu Estágio de Adaptação e ter escolhido o 9º RCB como minha OM, local onde o Pólo é amplamente difundido e praticado.
PSG: O que levou você a optar por esta modalidade esportiva?
Lucas: Principalmente para civis, o Pólo é visto como um esporte elitista. Como qualquer modalidade assim classificada, causa fascínio e curiosidade. Antes de tornar-me militar, não imaginava que um dia iria pratica-lo, e mesmo após ingressar no Exército. Posteriormente, no 9º RCB, não tive uma ambição imediata de envolver-me, pois ao assistir os jogos, você não consegue captar a emoção e o prazer de jogar. Entretanto, tudo mudou após o primeiro tempo que joguei em um cavalo emprestado, num dia de treino. Virou vício.
PSG: Quais os desafios para iniciar neste esporte?
Lucas: O primeiro desafio, e acredito que seja o divisor de águas, é o quanto você está disposto a gastar, pois como todo praticante sabe, é um esporte de alto custo. Creio que outros aspectos como saber montar, coordenação com o taco, com o cavalo e consigo mesmo, é questão de tempo e dedicação. A conciliação com o trabalho também é importante. Sou agraciado por servir em uma OM onde essa adversidade não existe, pois é uma Unidade que incentiva a prática deste esporte. Para aqueles que não são agraciados com essa sorte, é um aspecto que tem que ser levado em questão, pois só se evolui no esporte com horas de Sela e taqueio no cavalo de pau.
PSG: Qual seu planejamento para daqui a 1 ano?
Lucas: Planejando para daqui a 1 ano, pretendo estar jogando em um nível competitivo, buscando gol (ou gols) regionais e nacionais. Pretendo também adquirir outro cavalo, além dos 4 que já possuo, e posteriormente negociar meu 1º cavalo, Gitan, que muito me ensinou, mas que futuramente não estará com fôlego suficiente ao Pólo que quero estar jogando.
PSG: Onde você busca inspiração e incentivo para a evolução no esporte?
Lucas: Acredito que a maior inspiração que possa existir vêm dos nossos próprios anseios, e não de estímulos externos. Mas realizar jogos-treinos, ir a campeonatos e ver excelentes jogadores é muito motivador também e nos faz querer buscar o mesmo nível de qualidade técnica.
PSG: Na sua visão o que é necessário para que mais pessoas se tornem adeptas ao polo?
Lucas: Como disse anteriormente, o Pólo é visto como um esporte nobre, caro, difícil e complicado. Além disso, ele é muito pouco divulgado. Acredito que uma maior divulgação do esporte, juntamente com certo incentivo a prática, como escolas de Pólo com preços mais acessíveis, fará com que mais pessoas conheçam e pratiquem, ao menos uma vez, esse esporte. Certamente muitos não vão conseguir abandonar nunca mais esse esporte.
PSG: Você vai completar apenas 4 meses de dedicação ao Pólo, que conselhos você daria para aquele que quer começar agora?
Lucas: O maior conselho para alguém que quer iniciar no Polo é: Se apresente pra jogo! O resto se dá um jeito. Assim como eu tive apoio e incentivo de meus companheiros, sempre deve haver alguém para incentiva-lo, ajuda-lo, apoia-lo, pois esse deve ser o espírito deste nobre esporte. O crucial é o primeiro passo, é a vontade, o querer. Tendo isso, o restante é consequência de trabalho, dedicação e escolhas.