Pólo São Gabriel

Blog destinado a disseminação de assuntos sobre o Esporte dos Reis na Terra dos Marechais

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O Número 1

Seu primeiro e ultimo dever, em todo momento e toda a partida, é impedir que o Back adversário chegue a tocar a bola, que tenha sido convenientemente colocada para que seus companheiros possam aproveitá-la e levá-la até o gol adversário. Cumpre sua missão cortando um passe ou enganchando o taco do Back. Se, em toda partida, consegue fazer isso, jogou bem e foi útil. Se, além disto, consegue marcar alguns pontos e se tem conseguido ajudar o numero 2 e por acaso o numero 3 e impedindo sempre que o Back adversário passe a bola a seus dianteiros, jogou uma partida notável.
O numero 1 tem duas táticas de jogo, cuja escolha depende da habilidade do Back contrario e da velocidade dos seus cavalos. A primeira é seguir o cavalo do Back. A segunda consiste em fazer com que o Back o siga. Se consegue impor sua vontade ao Back, dominará em toda a partida. Supondo que seus cavalos sejam iguais em velocidade e facilidade de manejo, um bom plano é que o numero 1 colocar-se alguns metros mais próximo do gol que o próprio Back, quando os companheiros do numero 1 atacam ou um momento antes de começar o ataque; pelo contrario, quando o ataque é dos adversários, o numero 1 deve colocar-se alguns metros mais próximo do seu gol, que o Back contrario. Para efetuar isso, terá que decidir rapidamente, quando seus companheiros vão passar do ataque a defesa e vice-versa; mas se consegue faze-lo, desconcertará o jogo do Back em toda partida e, depois de dois tempos verá que o Back o segue por toda parte.
Quando os nr 1 e 2 tem experiência e combinação, trocam de posição a todo momento, e esta troca permite a equipe desenvolver a mais perfeita combinação.

(extraído de " Forma e posição que deve guardar um Team, cada jogador")
Fonte: www.decavalaria.com

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A falta que é falta, mas não é falta.

Achei na internet um trabalho chamado "UNA REFLEXIÓN SOBRE EL POLO EN ARGENTINA" de Javier Tanoira  de  junho 2009.  
Dentro deste trabalho existem coisas muito interessantes sobre a evolução do polo, de onde veio, pra onde vai e pra onde deve ir, na opinião do autor. 
Entre as diversas coisas que li, a matéria a seguir retrata o mesmo pensamento que expus no texto "Quantas vezes você leu o regulamento de Polo?" Não se apita falta simplesmente porque é falta, há que se interpretar a regra.
Abaixo o texto a qual me refiro já traduzido por mim:

A falta que é falta, mas não é falta.

Este título um tanto curioso é o que melhor representa um fato que ocorre milhares de vezes durante uma partida de pólo, e poderia ser explicado da seguinte forma:
Quando dois adversários correm em direção à bola, o que chega primeiro taqueia. O que chega depois faz o que? PEDE DE FALTA! Ou seja, em um jogo de polo, onde antecipação foi sempre um valor absoluto, o que vemos hoje é o favorecimento do jogador que é mais lento, porque este jogador, quando vê que não vai chegar à bola primeiro, o que ele faz é tentar tomar-se da linha da bola, em vez de ir na bola. E o que o Juiz vê? um jogador pegando a bola e um adversário com “mais linha” pedindo falta. Conclusão: Toca o apito.
É por isso que é uma falta que é falta, mas não é falta. Porque, na verdade, jogador que chega tarde está usando o único recurso que ele tem para parar o jogo a seu favor.
Para perceber isso, basta olhar para qualquer vídeo: quem vem em primeiro lugar, bate na bola. Quem vem depois pede falta. Esta Jogada não é falta, e eu acho que não deve ser apitada a menos que haja perigo concreto de um choque entre os dois jogadores.

E aí? Basta ler o regulamento?

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O que é e como surgiu o Handicap?

Embora possa ser jogado e apreciado em todos os níveis, o Pólo é um jogo difícil de jogar bem, três ou quatro anos são normalmente necessários antes que uma proficiência razoável seja alcançada. Em qualquer momento, grandes discrepâncias de habilidade podem existir entre os jogadores e equipes. Por isso, um método que permitissem aos jogadores e equipes competir em pé de igualdade era necessário. A idéia de conceder Handicaps aos jogadores de pólo foi criada pelos norte-americanos em 1890.
A cada jogador é atribuído um handicap, expressos em numero que vão de menos 2 gols a 10 gols que seria a perfeição teórica. O valor do Handicap não tem nada a ver com o número de gols que se espera o jogador marcar. Utilizam-se critérios como: domínio geral dos fundamentos, equitação, senso de estratégia e comportamento, e qualidade dos cavalos.
Desde a criação deste sistema, atingir 10 gols de handicap é um dos maiores e justificáveis desejos de qualquer jogador de pólo. Incontáveis cavaleiros galopam incontáveis horas atrás de uma bola com seus tacos em punho.
A soma dos handicaps dos jogadores de cada equipe é comparada e dá-se vantagem da diferença entre os Handicaps à equipe mais fraca. Ou seja, o time mais fraco sai na frente no placar.
Desde o início do sistema, em 1890, menos de 50 jogadores já foram premiados com um handicap perfeito de 10 gols.
Na Argentina, onde o pólo virou referencia no mundo, o Handicap foi implantado em 1911.
No Brasil o Handicap é Regulado basicamente pelas entidades estaduais, tendo como entidade mais forte no esporte a Federação Paulista de Pólo onde jogam o maior numero de profissionais do Brasil. No Distrito Federal e no Rio Grande do Sul o esporte é regulado pelas suas Federações que tem a peculiaridade de estabelecer o Handicap dos jogadores da região, em dois tipos, o Handicap Nacional e o Handicap Regional. No âmbito do Exército,  a Comissão de Desportos do Exército é a responsável pelos Handicaps dos militares que praticam o esporte.

Fontes: FGP, FIP, AAP e USPA

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Quantas vezes você leu o regulamento de Polo?

 As regras do polo são extremamente complicadas. Sim ou não? Fato é que uma jogada tem, no mínimo, 11 formas de ser interpretada. A visão de cada jogador (8), a visão de cada juiz (2) e a visão do árbitro. Homogeneizar essas visões seria algo beeemmm difícil, porém....

Quantas vezes você leu o regulamento de Polo?

Muito jogadores sequer manusearam um. Outros sabem o que ouvem. Outros conhecem aquele regulamento da época da sua iniciação no esporte. E aí? As regras do polo são consuetudinárias ou vale o que está escrito?

Para mim, vale o que está escrito somadas às inovações que venham para evolução do esporte.

Mesmo assim o regulamento faculta aos juízes a interpretação da jogada. Para jogar um bom polo e apitar bem um jogo, o que é preciso? Conhecer o regulamento e suas recomendações e assistir partidas de qualidade (Torneios de vulto). Essas talvez fossem as respostas óbvias. Mas eu sugiro uma outra resposta para somar a essas e muitas outras: EMPREGAR A REGRA EM PROL DO JOGO E NÃO DO REGULAMENTO. Isso significa entender e interpretar a essência do regulamento. 

Exemplo:
 Art. 031 – CRUZAS: Nenhum jogador poderá cruzar outro que esteja na LINHA DA BOLA, mesmo fora dos limites do campo, entendendo-se por esta a trajetória percorrida pela bola e o seu prolongamento, salvo se estiver a uma distância tal que não haja a possibilidade de um choque ou perigo para os jogadores

A cruza é proibida! (se o leitor se ater ao destacado em vermelho).
A cruza é permitida!  (se o leitor se ater ao destacado em verde).
Apitar a cruza baseada apenas no destacado em vermelho é aplicar a regra em prol da regra.
Apitar a cruza baseada em todo Art 31 é aplicar a regra em prol do jogo.

A essência da proibição da CRUZA está na preservação da integridade física do cavalo e do cavaleiro.

E esse é apenas um exemplo do "EMPREGAR A REGRA EM PROL DO JOGO E NÃO DO REGULAMENTO".

Para despertar o interesse de todos, divirtam-se com um arquivo em Excel contendo questões de VERDADEIRO ou FALSO sobre o regulamento de Polo. CLIQUE AQUI e Baixe o arquivo, preencha "V" ou "F" e veja sua Nota!!


 Então? Vamos ler o regulamento hoje?

CLIQUE AQUI e acesse o Regulamento.




segunda-feira, 6 de julho de 2015

PLACA INTRA ORAL OTIMIZADORA DE DESEMPENHO


A algum tempo vi atletas de diversas modalidades usando uma espécie de protetor bucal independente de haver contato físico ou não durante a prática desportiva. Dei uma lida sobre o assunto, mas não dei grande importância.

O tempo passou e coloquei aparelho ortodôntico para corrigir o alinhamento dentário e com a movimentação dos dentes passei sentir desconforto durante a prática do polo. Os dentes rangiam durante o taqueio. “Na hora do esforço, ...nos momentos de explosão muscular ou de movimentos bruscos” no momento em que se cerra os dentes. Sem muito conhecimento sobre o assunto, comprei um protetor moldável do tipo “aquece e morde”. De imediato meu desconforto sumiu durante os jogos. 

Então resolvi pesquisar um pouco sobre o assunto. Li uma matéria no Site Globo.com sobre a PLACA INTRA ORAL OTIMIZADORA DE DESEMPENHO. Duas matérias, uma sobre atletas do Botafogo e outra no Blog do Leo Tubarão.

As informações a seguir foram retiradas dessas duas matérias:
“... o princípio é simples: corrigir o encaixe dos dentes que, por consequência farão o alinhamento preciso de todo o corpo. Feito de acrílico rígido, o dispositivo consegue, então, ajustar a posição da cabeça, da coluna e das vias aéreas.”

“- Na hora do esforço, especialmente nos momentos de explosão muscular ou de movimentos bruscos, apertamos os dentes para ter maior estabilidade. Entretanto, se a mandíbula não estiver corretamente alinhada, todos os músculos que formam as cadeias cérvico-escapulares farão com que a atividade esportiva não seja exercida com a devida eficiência. Além disso, quando a mandíbula é estabilizada em uma posição adequada, as vias aéreas ficam mais livres, gerando uma quantidade suplementar de oxigênio - explicou Luis Daniel Yavich, cirurgião dentista do departamento de odontologia do Botafogo.”

O Diosport – nome comercial – é usado em larga escala por atletas da NFL (liga profissional de futebol americano), NBA, beisebol, golfe e MMA.

Outro produto semelhante que encontrei foi o PROTETOR BUCAL SÁBIO.

Encontrei muitas matérias sugerindo a confecção individualizada do produto em detrimento do uso do protetor moldável do tipo “aquece e morde”.
Existem muitos sites tratando sobre esse assunto. Vale a pena uma pesquisa melhor antes de decidir usar.

Será que essa moda pega nos grandes torneios de polo?
Você já viu algum jogador de polo usando?
Deixe sua opinião aqui!



segunda-feira, 29 de junho de 2015

Handicap de jogadores iniciantes - Uma opinião


Anualmente ocorre a votação do HANDICAP regional e nacional pelas federações. Em campo, por vezes vemos uma grande disparidade nos handicaps mais baixos, principalmente nos verdadeiros iniciantes. Basta relacionar os jogadores do melhor para o menos experiente? É Fato que a maioria ao iniciarem no polo recebem o Handicap 0. a evolução do jogador nesse esporte é medida por este número,  porém manter esse mesmo Handicap após 1 ano de torneios é dizer que não houve nenhuma evolução. Assim seria interessante que a ascensão a 1 gol fosse baseada no tempo que o jogador passou em campo pelos torneios da federação. Desta forma estaríamos incentivando (ou forçando) o jogador a evoluir.
A partir daí, como votar Handicap maior que 1? As perguntas a serem feitas, a cerca do jogador poderiam ser as seguintes?

- Quanto entende e aplica as regras? demonstrando isso em campo pelo numero reduzido de faltas.
-  Tem  capacidade de andar em alta velocidade, parar e virar, galopar de forma segura e  manter o controle do cavalo em velocidade?
- Possui habilidade no taqueio, precisão, incluindo por trás da garupa e por baixo do pescoço e outras tacadas?
- É  capaz de bater na bola em sequencia no galope rápido?
- Está completamente familiarizado com o posicionamento de conjunto e das diversas saídas de bola?
- É capaz de ajudar outros jogadores menos experientes?
- É capaz de se antecipar ao jogo e não apenas perseguir a bola?
- Sabe jogar com e sem bola, taqueando ou marcando?

Essas mesmas perguntas feitas pelo próprio iniciante a si mesmo já podem provocar a evolução da sua forma de jogar polo.

Deixe seu comentário abaixo. O que se deve saber sobre um jogador para que seu handicap seja votado?

terça-feira, 23 de junho de 2015

O TAQUEIO


O polista que tem aspirações maiores não deve se contentar em taquear para frente e para trás por ambos os lados do cavalo. É indispensável que atinja o ponto ideal de taquear na direção desejada, qualquer que seja a posição da bola em relação a seu cavalo. Deverá ter condições de arrematar a bola em gol qualquer que seja o ângulo em que desloque e a posição da bola.

Assim se faz necessário que aprenda a taquear por trás da garupa; pela frente do cavalo; para direita e para esquerda; ser capaz de abrir uma tacada para direita até 90º com a direção em que se desloca; idem quanto a tacada de revés; idem quanto a tacada pela esquerda para frente e para trás. As tacadas mais difíceis e de menor rendimento, no entanto, só devem ser usadas como ultimo recurso. A maior ou menor dificuldade na execução das diversas tacadas depende exclusivamente da posição do cavaleiro na sela. A amplitude e a direção, do ponto em que o taco tocar a bola, em relação ao cavalo. A tacada executada quando a bola se encontra na altura do estribo ou atrás da perna do cavaleiro é totalmente defeituosa. Não poderá ter direção nem amplitude. Isso acontece fatalmente com cavaleiro que taqueia atrasado ou sentado na patilha. As tacadas pela esquerda serão de difícil execução e de rendimento mínimo, quando esta é a posição do cavaleiro. Este, entretanto, terá surpreendente facilidade para executar a maior parte das tacadas se montar bem a frente, na sela, deslocar o corpo ligeiramente para fora, procurando apoio no estribo, e bater na bola na altura do membro anterior do cavalo.
           
Nas tacadas para frente, em particular, pela esquerda, a linha dos ombros do cavaleiro deve ficar paralela a linha da coluna dorsal do cavalo. Assim, o taqueio pela esquerda, para trás, surpreende pela facilidade, pegando-se também, a bola bem a frente.

Ao longo dos anos vimos muitos polistas veteranos taqueando com extrema dificuldade e , até mesmo, nem tentando determinadas tacadas por falta de orientação técnica.

Com relação ao que acaba de ser dito, excetuam-se as tacadas abertas para frente. Para executá-las, o cavaleiro deve sentar na sela e pegar a bola atrás do estribo ou da perna. A bola deve ainda ficar um pouco afastada do cavalo.

As tacadas por trás da garupa só serão possíveis se o cavaleiro sentar bem atrás.

Todo o jogador de pólo, mormente sem vacilação, prefere o treino de conjunto ao individual. Entretanto o treino individual é de inestimável valia para o aprimoramento técnico, mesmo dos jogadores de maior categoria.

Quantas vezes um jogador tem oportunidade de taquear em um treino de conjunto? E quantas vezes o fará em um treino individual? É, ainda esta, a única oportunidade de aprender ou aperfeiçoar determinadas tacadas.

Por esta razão o cavalo de pau é de grande utilidade, até mesmo indispensável à iniciação de um polista.



 FONTE: livro “INICIAÇÃO AO JOGO DE POLO” de Ruy Sampaio

De volta ao cenário

Depois de longo período sem dedicar um tempo para escrever sobre polo devido a compromissos assumidos e mudança de ares, estou retomando os trabalhos do Blog. 

No período em que estive desconectado do Blog deixei a Terra do Marechais e me mudei para Brasília. O contato com os polistas do Sul não se extinguiu, porém falar sobre as atividades do polo gaúcho já fica mais difícil face a distância que nos separa.

Aproveitando que o Blog está pronto passarei a emitir notícias do Polo do Distrito Federal, porém as portas estarão sempre abertas aos amigos do Sul que desejarem ter suas notícias ou matérias veiculadas por aqui.

Para essa retomada, iniciarei republicando algumas matérias anteriores e tão logo seja possível, novas notícia surgirão.

Convido os novos amigos da Federação Brasiliense de Polo e do Regimento Dragões da Independência a colaborarem para disseminação dessa ideia.

Abç

Eduardo Soeiro


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