Pólo São Gabriel

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terça-feira, 23 de junho de 2015

O TAQUEIO


O polista que tem aspirações maiores não deve se contentar em taquear para frente e para trás por ambos os lados do cavalo. É indispensável que atinja o ponto ideal de taquear na direção desejada, qualquer que seja a posição da bola em relação a seu cavalo. Deverá ter condições de arrematar a bola em gol qualquer que seja o ângulo em que desloque e a posição da bola.

Assim se faz necessário que aprenda a taquear por trás da garupa; pela frente do cavalo; para direita e para esquerda; ser capaz de abrir uma tacada para direita até 90º com a direção em que se desloca; idem quanto a tacada de revés; idem quanto a tacada pela esquerda para frente e para trás. As tacadas mais difíceis e de menor rendimento, no entanto, só devem ser usadas como ultimo recurso. A maior ou menor dificuldade na execução das diversas tacadas depende exclusivamente da posição do cavaleiro na sela. A amplitude e a direção, do ponto em que o taco tocar a bola, em relação ao cavalo. A tacada executada quando a bola se encontra na altura do estribo ou atrás da perna do cavaleiro é totalmente defeituosa. Não poderá ter direção nem amplitude. Isso acontece fatalmente com cavaleiro que taqueia atrasado ou sentado na patilha. As tacadas pela esquerda serão de difícil execução e de rendimento mínimo, quando esta é a posição do cavaleiro. Este, entretanto, terá surpreendente facilidade para executar a maior parte das tacadas se montar bem a frente, na sela, deslocar o corpo ligeiramente para fora, procurando apoio no estribo, e bater na bola na altura do membro anterior do cavalo.
           
Nas tacadas para frente, em particular, pela esquerda, a linha dos ombros do cavaleiro deve ficar paralela a linha da coluna dorsal do cavalo. Assim, o taqueio pela esquerda, para trás, surpreende pela facilidade, pegando-se também, a bola bem a frente.

Ao longo dos anos vimos muitos polistas veteranos taqueando com extrema dificuldade e , até mesmo, nem tentando determinadas tacadas por falta de orientação técnica.

Com relação ao que acaba de ser dito, excetuam-se as tacadas abertas para frente. Para executá-las, o cavaleiro deve sentar na sela e pegar a bola atrás do estribo ou da perna. A bola deve ainda ficar um pouco afastada do cavalo.

As tacadas por trás da garupa só serão possíveis se o cavaleiro sentar bem atrás.

Todo o jogador de pólo, mormente sem vacilação, prefere o treino de conjunto ao individual. Entretanto o treino individual é de inestimável valia para o aprimoramento técnico, mesmo dos jogadores de maior categoria.

Quantas vezes um jogador tem oportunidade de taquear em um treino de conjunto? E quantas vezes o fará em um treino individual? É, ainda esta, a única oportunidade de aprender ou aperfeiçoar determinadas tacadas.

Por esta razão o cavalo de pau é de grande utilidade, até mesmo indispensável à iniciação de um polista.



 FONTE: livro “INICIAÇÃO AO JOGO DE POLO” de Ruy Sampaio

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